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Universidade Federal do Ceará
Mestrado Profissional em Farmacologia Clínica

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Pesquisadores do PPGFMP ajudam a compreender os impactos da covid-19 em bebês

Data de publicação: 16 de agosto de 2021. Categoria: Inovação, Pesquisa Científica

O projeto Complicações Neuropsiquiátricas Decorrentes da Exposição Pré-Natal ao Vírus SARS-COV-2: Atenção ao Binômio Mãe-Bebê, coordenado pela Profª Danielle Macêdo Gaspar, docente permanente do PPG em Farmacologia Clínica – Mestrado Profissional, tem buscado compreender a repercussão da infecção por SARS-COV-2, o vírus causador da covid-19, durante a gravidez e possíveis complicações nos bebês. Esse projeto integra a COVGEN, aliança internacional de pesquisas sobre as consequências da covid-19 para a próxima geração, sendo o projeto da Profª Danielle Gaspar, até o momento, o único representante brasileiro a participar do grupo.

A coordenadora do estudo explica que o projeto atua com protocolos clínicos e pré-clínicos, o que permite acompanhar crianças nascidas de mães que tiveram covid-19 durante a gestação e investigar possíveis complicações a longo prazo.

No protocolo clínico, coordenado pelo Prof. Francisco Herlânio Carvalho, responsável pelo setor de Medicina Fetal da Maternidade-Escola Assis Chateaubriand (MEAC), os pesquisadores trabalham com três grupos: mulheres que tiveram covid-19 na fase final da gravidez; gestantes que tiveram síndrome gripal cujos testes não confirmaram covid-19; e gestantes que não foram expostas a nenhum agente infeccioso. O estudo já coletou material (placenta, cordão umbilical e líquido amniótico) de 35 mulheres do primeiro grupo, 30 do segundo, e agora está recrutando grávidas do terceiro, que farão parte do grupo de controle da pesquisa.

Ainda como parte do protocolo clínico, neonatologistas, pediatras e fisioterapeutas fazem acompanhamento mensal dos bebês no Núcleo de Tratamento e Estimulação Precoce (NUTEP). A expectativa, segundo a Profª Danielle, é acompanhar essas crianças até os 3 anos de idade, fazendo, a cada seis meses, coleta de material biológico (como sangue, saliva e fezes) e avaliações para verificar se estão com algum tipo de alteração no neurodesenvolvimento.

Já no protocolo pré-clínico, os pesquisadores irão expor camundongos ao SARS-COV-2 original (identificado na China) e à variante Gama (antiga P.1, identificada em Manaus). Nesta fase do estudo, que deverá ocorrer no biomódulo do NPDM (laboratório de biossegurança 3, previsto para ser inaugurado no mês de setembro de 2021), o grupo acompanhará os animais durante a gestação e ao longo da vida dos filhotes em idades que representam a infância e a idade adulta do ser humano.

Esse projeto viabilizará compreender as consequências da exposição ao vírus durante a gravidez e suas repercussões em longo prazo. Nesse sentido, o uso de animais de laboratório dará um passo fundamental para respostas mais imediatas, visto ser possível compreender de forma mais acelerada o processo de amadurecimento do animal entre a fase jovem e adulta e o impacto da infecção nesse processo, o que em seres humanos levaria 20 ou mais anos para se observar.

Fonte: A matéria original pode ser  obtida na página da UFC, desenvolvida com informações encaminhadas pela Profa Danielle Macedo Gaspar.

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